A Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Ul recebeu, em 2021, os primeiros 63 painéis solares para produção de energia limpa destinada apenas ao autoconsumo. Quatro anos depois, no âmbito da aposta do Grupo INDAQUA na eficiência energética, a instalação de painéis mais do que triplicou, ascendendo aos 195.
O crescimento da capacidade de produção energética levou a uma ambição renovada: criar uma comunidade de energia – a primeira do Grupo INDAQUA. Atualmente, a comunidade já está em funcionamento e tem os primeiros resultados contabilizados.
Em 2024, a ETAR de Ul produziu o equivalente ao consumo energético de 24 habitações (78,85 MWh). Deste volume, 45% foi utilizado para abastecer outras seis infraestruturas da INDAQUA Oliveira de Azeméis (cinco Estações Elevatórias de Águas Residuais e um armazém) que funcionaram aproximadamente quatro meses e 14 dias apenas com recurso a energia solar.
Os restantes 55% foram usados para autoconsumo da ETAR de Ul, que garantiu operação a energias renováveis durante três meses e 18 dias.
O projeto assume-se como “um passo natural na estratégia de sustentabilidade do Grupo INDAQUA, que, em 2023, era já responsável por um terço da energia produzida na rede em baixa do setor da água, gerando 20% da energia produzida na sua operação”, afirma Pedro Perdigão, CEO do Grupo INDAQUA. “Adicionalmente, e ainda que circunscrito a um ecossistema interno, oferece as condições ideais para testar a aplicação deste modelo de comunidade no setor da água, avaliando, desde o primeiro momento, o seu impacto e potencial de desenvolvimento”, acrescenta.
“A ambição do Grupo é alargar estas comunidades a outras geografias e infraestruturas de maior dimensão, num caminho para a autossuficiência energética, não deixando de considerar, naturalmente, a injeção de excedentes na rede pública”, conclui o responsável.
Recorde-se que, nos últimos quatro anos, a INDAQUA investiu 1,4 milhões de euros na instalação de perto de 2.500 painéis fotovoltaicos distribuídos por todas as concessões de água e saneamento que opera (Barcelos, Marco de Canaveses, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Paços de Ferreira, Santa Maria da Feira, Santo Tirso/Trofa, Vila do Conde). Junta-se ainda, na ETAR de Matosinhos, a produção der biogás, a partir das lamas geradas no processo de tratamento de águas residuais.
Em 2024, o Grupo produziu mais de três milhões e quatrocentos kWh que permitiram evitar a emissão de 830 toneladas de CO2 para a atmosfera.