Santo Tirso, Trofa, Vila do Conde e Matosinhos são os concelhos onde se desperdiça menos água em Portugal

Quase um terço (27,1%) da água que entra nas redes de abastecimento portuguesas é desperdiçada com roturas, avarias e desvios. A conclusão é do mais recente relatório do regulador do setor, que aponta os municípios com a melhor performance nacional: Santo Tirso e Trofa (8,8%), Vila do Conde (9,3%) e Matosinhos (10,8%). Em todos, a gestão do abastecimento é feita pelo Grupo INDAQUA.

O relatório tornado público ontem pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) traça o cenário da operação e gestão do setor, com dados de 2022. Na média nacional do indicador “Água Não Faturada”, utilizado para medir perdas na rede de abastecimento, tudo permanece praticamente estagnado: 27,1%. Apenas -1,7 pontos percentuais (p.p.) do que no ano anterior e -3 p.p. do que cinco anos antes (2017).

 

No mais recente ranking, composto por 219 entidades gestoras de abastecimento, Santo Tirso e Trofa (com gestão conjunta assegurada pela INDAQUA) são os primeiros municípios da lista. Aqui, o valor de perdas voltou a ser reduzido e passou de 9,7% (em 2021) para os 8,8%, agora divulgados pela ERSAR. Este primeiro lugar repete-se desde 2016, com exceção apenas para 2019, em que Vila do Conde assegurou melhor performance.

 

No relatório, o “pódio” dos melhores resultados fica completo com outras duas empresas do Grupo INDAQUA, um dos maiores operadores no universo das concessões municipais em Portugal: Vila do Conde (9,3%) e Matosinhos (10,8%).

 

Em contraste, o pior resultado nacional de perdas chega aos 84,6%. De acordo com os dados da ERSAR, há 39 entidades com desperdícios superiores a 50% e 15 onde a medição nem sequer é feita. O valor recomendado pelo regulador como “bom” é de 20%.

 

“Quando a escassez deixou de ser um problema sazonal e as alterações climáticas são uma realidade presente, a gestão de perdas assume um papel ainda mais importante. Se Portugal reduzisse estas perdas, estaria a poupar milhões de litros de água que aumentariam as reservas disponíveis nas nossas albufeiras. É uma «fonte» de água que estamos a desperdiçar, ao mesmo tempo que procuramos soluções que exigem investimentos muito maiores, como transvases, novas barragens ou a dessalinização e que vão produzir mais água para se perder pelo caminho e não chegar ao utilizador final”, enquadra Pedro Perdigão, CEO do Grupo INDAQUA.

 

“É prioritário haver medidas que incentivem a eficiência em Portugal, que permeiem as boas práticas. Infelizmente, só desta forma parece possível tornar a redução de desperdícios uma prioridade para todas as entidades gestoras de abastecimento, que deviam ser as primeiras a dar o exemplo de consumo e gestão responsável perante os seus consumidores”, acrescenta.

 

O indicador “Água Não Faturada” engloba, em cerca de 70%, as perdas geradas por fugas, roturas, derrames em reservatórios ou outras ineficiências que fazem com que a água que entra nas condutas nunca chegue a ser consumida. Somam-se ainda as perdas comerciais que acontecem junto do consumidor e envolvem consumos ilícitos (roubos ou desvios de água) ou mesmo de deficiente contabilização dos consumos devido a contadores obsoletos.

 

A média das concessões municipais de abastecimento operadas pelo Grupo INDAQUA (Santo Tirso/Trofa, Vila do Conde, Matosinhos, Barcelos, Paços de Ferreira, Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis e Marco de Canaveses), fixou-se nos 12,5%, em 2022. Um valor que já foi reduzido para 11%, de acordo com os dados da empresa de 2023 – ainda não divulgados pela ERSAR.

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